Breve roteiro em Málaga (Espanha)

Na Espanha, as pessoas comemoram o Corpus Christi apenas no domingo (com aquela tradição de desenhar tapetes no chão), mas não tem o lindo (e prolongado) feriado como no Brasil.

Como meu marido e eu seguimos o calendário de trabalho brasileiro, tivemos folga e conseguimos fazer uma viagem a uma das capitais mais visitadas da Andaluzia: Málaga. E já que por aqui a quinta e a sexta foram dias normais, pudemos desfrutar de uma cidade que não estava tão abarrotada de turistas.

Aqui na Espanha, Málaga é conhecida como "la Bella" e as fotos vão deixar claro porque o local merece esse apelido. Além de ser o grande destino do verão (atraindo não apenas espanhóis, mas europeus e gente de outras partes), Málaga ainda é a cidade espanhola com mais museus, e talvez o mais buscado seja o Museo Picasso (o pintor era malaguenho). 

Como nossa visita não foi muito longa, fizemos um breve roteiro e visitamos atrações que, na minha opinião, valeram muito a pena. Abaixo comento cada uma.

Teatro Romano

 O Teatro Romano foi descoberto em 1951 e fica bem no centro da cidade, aos pés da Alcazaba.

Há um centro de interpretação que dá informações sobre o local e permite acessar as ruínas. A entrada é gratuita.

Alcazaba

Com certeza é a melhor atração histórica de Málaga e deve ser visitada. O local é enorme, então é preciso se preparar para andar bastante lá dentro. E pode ter certeza que você vai querer conhecer (e fotografar) todos os cantos!

A Alcazaba é uma construção feita pelos muçulmanos entre 1057 e 1063, na época em que dominaram a Península Ibérica, e, assim como na Alhambra de Granada, os detalhes da arquitetura e os jardins espalhados pela fortaleza são encantadores.

Entrando na Alcazaba...

   A vista vai melhorando a medida que vamos subindo para visitar cada parte da construção.

O mar já despontando no fundo da foto...

 Finalmente o azul do mediterrâneo embelezando a vista panorâmica da cidade.

 Visita agradável enquanto tomávamos uma bebida no bar que fica dentro da Alzacaba.

 Málaga fica ainda mais bela com seus jardins. 

Dentro da Alcazaba também há muitas fontes e flores.
   
 Detalhes da arquitetura muçulmana

  Detalhes da arquitetura muçulmana

 Detalhes da arquitetura muçulmana


 Detalhes da arquitetura muçulmana

  Detalhes da arquitetura muçulmana

  Detalhes da arquitetura muçulmana

A entrada para visitar a Alcazaba custa 2,20, mas se você optar por combinar a visita ao Castillo de Gibralfaro (que fica ao lado), pagará 3,55€ pelos dois.

Mirador e Castillo de Gibralfaro

Saindo da Alcazaba, é possível ir diretamente ao Castillo de Gibralfaro por um caminho lateral (entre a Alcazaba e o Museo de Málaga). O único porém é que esse caminho é beeeem íngrime (muito mesmo). Não é raro ver as pessoas parando para respirar antes de prosseguir. Por isso: esteja preparado para essa empreitada, tanto fisicamente quanto psicologicamente!

O castelo em si é interessante, mas não chega aos pés da Alcazaba no quesito beleza. Assim, a maioria das pessoas só topa encarar essa longa subida pelo fato de, um pouco antes de chegar ao castelo, existir um mirador de onde se tem a vista mais tradicional de Málaga.

Do mirador de Gibralfaro, a vista mais conhecida de Málaga, que abarca a plaza de toros da Malagueta, o Pompidou e o porto da cidade.

Playa de la Caleta e Playa Malagueta

Eu me surpreendi positivamente com as praias da capital. Geralmente, praias urbanas não são lá muito boas, mas tanto a Caleta quanto a Malagueta estavam bem estruturadas e limpas. Só o mar que, para variar, estava bem gelado.

Em toda a Costa do Sol são comuns esses barcos-churrasqueiras nos quais são preparados espetos de peixe. O mais tradicional é o de sardinha.

 Em maio Málaga já tem bom clima, mas ainda não tem muita gente, deu até para tirar foto no letreiro da Malagueta sem dificuldade :)

Na Caleta, que fica do ladinho da Malagueta, mas é bem mais tranquila, o aluguel das cadeiras e mesinha de praia sai por 4 por pessoa e não há limite de tempo para ocupar os assentos.

Museo de Málaga

Como disse, Málaga é a cidade dos museus, mas, apesar de os preços serem mais baratos do que em Madrid ou Barcelona, fazer um roteiro de visita a vários museus pode sair caro. O preço das entradas é de, em média, 7. Os mais recomendados são o Museo Picasso, cuja entrada vale 7€ (não confundir com a Fundação Picasso, que tem entrada grátis), e o Centro Pompidou, onde se paga 9€ para entrar.

Uma opção muito boa e gratuita é o Museo de Málaga, ao lado do Teatro Romano e da Alcazaba. O museu se divide em duas temáticas principais: antropologia, dando destaque às civilizações pré-históricas e aos povos que, mais tarde, habitaram a região (como romanos, fenícios e árabes); e há também um andar dedicado às belas artes, com exposição de obras de pintores malaguenhos, dentre as quais havia, inclusive, um quadro de Picasso.

Como chegar


Saindo do Brasil é possível encontrar voos à Málaga com escala (geralmente em Madrid). Algumas empresas que fazem a rota são a Air Europa, a Iberia e a TAP. Para quem já está na Espanha, é possível chegar de trem a Málaga facilmente saindo de grandes cidades (como Madrid, Barcelona ou Bilbao). Só recomendo a viagem de ônibus para quem já estiver em cidades próximas, como Sevilha ou alguma outra da Andaluzia.

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