Uma semana em Dublin

A Semana Santa é uma excelente oportunidade para viajar quando se vive na Espanha, afinal, por aqui (especialmente no sul do país), as celebrações duram realmente uma semana, o que leva as escolas e algumas empresas a entrarem em "férias" nessa época.

Com isso, decidi aproveitar e fazer uma viagem para participar de uma formação de professores de inglês e passei uma semana em Dublin.

Claro que, além de estudar, fiz um roteiro turístico pela cidade. Deixo aqui informações sobre os locais visitados e minhas impressões sobre o a capital da Irlanda. Acompanhe!

Ha´ Penny Bridge e rio Liffey, um dos locais mais icônicos de Dublin

Anne´s Lane, uma das charmosas ruas do centro de Dublin

Pelo centro de Dublin sempre é fácil nos deparamos com ruas enfeitadas 

Lugares visitados em Dublin: passeios gratuitos

Com os gastos do curso, optei por conhecer Dublin visitando pontos turísticos gratuitos. Assim, os locais que pude conhecer foram:

St. Stephen´s Green

Parque superbonito e de tamanho médio para grande. De acesso bem fácil desde o centro da cidade (fica a uns 10 minutos a pé da Trinity College se você for pela Grafton Street).

O super florido parque St. Stephen´s Green

Muitos tons de rosa no St. Stephen´s Green de Dublin

É preciso só ficar atento ao horário de fechamento: eu passei por lá umas 20h e havia um guarda fechando alguns portões, com isso, só é possível entrar e sair por um mesmo lado.

Phoenix Park

É o maior parque da cidade, e um das maiores da Europa inclusive. O parque é gratuito, a não ser que você queira visitar o zoológico que fica lá dentro. Para isso, é preciso pagar. Se der sorte, você consegue ver cervos soltos pelo parque (eu não os encontrei :/ ).

Phoenix Park, um dos maiores parques da Europa
O Phoenix também é um parque bem florido

Obelisco no Phoenix Park

O acesso ao local pode ser feito a pé, basta seguir pela borda do rio Liffey (sentido das destilarias de uísque). 

Para quem optar pelo ônibus, perto da Trinity há algumas linhas de ônibus que vão até Phoenix (eu peguei a 46a). Para mais informações sobre os ônibus de Dublin e conseguir montar suas rotas, acesse: https://www.dublinbus.ie/

Lá dentro há algumas opções de quiosque para comer (principalmente perto do zoo), e, como o parque fica em um bairro, é possível encontrar lojinhas de comida nos arredores.

National Gallery of Ireland

Museu de arte com entrada gratuita, fica no centro da cidade, em frente à Marrion Square. A maior parte das obras expostas são de aritstas irlandeses ou europeus. Funciona de 11h a 17h30 de domingo e seg., de 9h15 a 17h30 de ter. a sáb e de 9h15 a 20h30 de quinta.

Uma das salas da National Gallery

Zona dedicada à arte europeia na National Gallery

National Museum

Fica ao lado da National Gallery e tem duas partes, a de história e de arqueologia. Eu visitei a de arqueologia, onde há também o café do museu. Abre domingo e segunda de 13h a 17h e nos outros dias de 10h a 17h.


National Museum of Ireland

Canoa viking de 15m exposta no National Museum of Ireland

Materiais em cobre encontrados no país

Trinity College

A visita oficial à Trinity College é paga (visita guiada), porém o acesso ao campus não é controlado. Assim, você pode entrar e caminhar pela universidade mesmo sem pagar.

Um dos prédios da Trinity College em Dublin, renomada universidade britânica 

A Old Library, principal atração da Trinity College

O acesso ao campus da Trinity é liberado

O que é controlado e exige pagamento é o acesso à biblioteca mais famosa da Trinity (Old Libary) onde fica exposto o Book of Kells (livro do ano 800 A.C, escrito por monges celtas). O preço dessa exposição costuma ser mais baixo nos primeiros horários (entre 8h30 e 9h30, valendo 11 euros; depois, até às 17h30, pode custar de 13 a 14 euros).

Saint Patrick´s Church

É a catedral mais famosa da cidade, já que leva o nome do patrono da Irlanda (São Patrício).

Além de visitar a igreja, vale a pena visitar o jardim que há atrás

A visita também é paga, mas, na Sexta-Feira Santa a entrada é aberta para "fins religiosos", ou seja: a ideia é que entre quem quer rezar ou assistir às celebrações que acontecem nesse dia. 

Eu entrei e sentei-me para admirar a arquitetura (funcionários ficam vigiando quem entra e não deixam que você fique andando e vendo a igreja, nem que tire fotos).

Nos outros dias, a entrada é paga e vale 7 euros. Os horários são variados e mudam no verão ou inverno, então é melhor consultar no site oficial.

Dublin Castle

Esse local atualmente é sede do governo irlandês, mas até 1922 era sede do governo britânico, que controlava a Irlanda. A visita aos interiores dos prédios oficiais é paga e pode ser guiada (12 euros) ou autoguiada (8 euros).

Sede do governo irlandês, ex-fortaleza britânica

Um dos tesouros expostos na Chester Beatty Library, que fica no Dublin Castle

De qualquer modo, é possível visitar o local sem pagar. Os prédios do governo serão vistos só por fora, mas a bilioteca Chester Beatty e seu excelente museu, além da sala de exposições e do Museu da Guarda (polícia irlandesa) são gratuitos.

Como eu estive ocupada todas as tardes, acabei conhecendo todos esses pontos da cidade aos poucos, mas acredito que, para quem tem o dia inteiro livre, é perfeitamente possível conhecer esses (e outros) pontos interessantes de Dublin em uns 3 dias.

Impressões sobre Dublin 

O Temple Bar fica no bairro de mesmo nome e é o mais tradicional pub de Dublin

Na minha semana em Dublin, fui anotando tudo o que me chamou a atenção na cidade e na sociedade. Deixo aqui as minhas principais impressões (lembrando que só passei uma semana na capital irlandesa, então não pude captar tuuudo sobre o país e posso ter me equivocado em algo):
  • Há muitos, mas muitos brasileiros. Você ouve português o tempo todo e, na época que viajei, tinha ainda muito turista de Portugal, ou seja: mais língua portuguesa pelas ruas!
  • E por falar em portugueses, os irlandeses têm algo em comum com os lusitanos: todos os dias tem sopa nos menus dos restaurantes (e é o prato mais barato)!
  • Comer fora em Dublin é caro. Não me estranhou que tanta gente comprasse lanches ou mesmo comida no mercado e encostasse em qualquer canto para comer.
  • As frases "look left"/"look right", escritas nas ruas, são verdadeiras salvadoras de vida. É muito estranha a lógica do trânsito num lugar em que os motoristas dirigem na direta do carro.
  • Eu descobri que Dublin é o condado irlandês MAIS SECO. Isso porque choveu em 2 dos 6 dias, ficou nublado em 2 e fez sol em 2 (thanks, God!). Bom, se esse cenário é o do local mais seco do país, imagina como é o local mais úmido!
  • Toda vez que eu saía na rua eu me sentia nos cenários urbanos de Harry Potter s2
  • Muita gente comentou comigo que seria um desafio entender o sotaque irlandês, mas, pelo menos em Dublin, eu achei bem similar ao sotaque britânico (é no interior que o sotaque é mais "forte").
  • Acho que descobri um local que não está sendo dominado por chineses (ou por negócios chineses) e esse lugar se chama Dublin. Claro que há muita diversidade cultural na cidade, afinal o país é super aberto à imigração, mas comparado com a Espanha - onde os chineses são donos de tudo quanto é comércio e restaurante - lá ainda dá para achar negócios gerenciados por irlandeses mesmo.
  • Cuidado com as gaivotas de Dublin. Elas estão "domesticadas involuntariamente", se é que posso dizer isso. O que quero expressar é que elas já se acostumaram às pessoas dando comida, ou a pegar o resto de comida das pessoas, e ficam realmente bravas - voando, gritando e rasgando lixo - quando não recebem alguma coisa dos humanos.
  • A cidade tem um cheiro peculiar, uma mescla de água poluída (o que é ruim) e de comida frita e temperada (o que é bom).
  • E por falar em tempero, todas as comidas irlandesas que provei - seja as de restaurante ou as compradas em supermercado - são extremamente temperadas. Acho que as especiarias das Índias eram/são todas compradas pela Irlanda.

Como chegar a Dublin e ir do aeroporto ao centro


Saindo da Espanha, há várias cias. aéras com voo direto a Dublin, as mais baratas costumam ser Ryanair (a que usei) ou a Lingus. O voo dura 3h desde Málaga. Saindo do Brasil, não encontrei nenhum voo direto, então o mais provável é que seja necessário fazer conexão em alguma capital europeia.

Ao chegar em Dublin, para ir do aeroporto ao centro da cidade é possível usar diversos serviços de ônibus. Eu optei pelo AirLink Express 757, cujo ponto e a máquina para compra do bilhete ficam bem em frente ao portão de saída pós-desembarque.


Essa linha me deixou no St Stephen´s Green, a 5 minutos a pé da casa onde me hospedei. É fácil usar esse transporte e saber onde descer, pois aparecem as paradas numa tela de TV, além de serem anunciadas no ônibus.

O trajeto dura uns 30 min (sem trânsito) e custa 6 euros só ida (se comprar ida e volta de uma vez, você economiza 2 euros, pagando 10 euros no total. Pode usar a passagem no dia e hora que quiser, mas apenas uma vez). 

Se precisar comprar na hora, dentro do ônibus, saiba que o pagamento tem que ser feito, obrigatoriamente, em moedas.

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