O que fazer em 1 dia em Lisboa
Chegou o verão de 2022 e, após dois anos de pandemia em que preferimos fazer viagens mais locais pela Espanha, finalmente decidimos fazer uma viagem para o exterior novamente! Bom, não era tão longe assim, uma vez que o destino escolhido foi um país vizinho: Portugal.
Como já tínhamos ido a Lisboa uma vez (aqui conto sobre a mototrip que fizemos da Andaluzia a Portugal), nosso objetivo era visitar principalmente o litoral (a região do Algarve, no sul do país, e a costa de Lisboa), mas é claro que não podíamos deixar passar a oportunidade de ir - nem que fosse 1 diazinho - à capital lusitana. Se você também vai a Portugal e quer saber o que ver caso tenha apenas 1 dia em Lisboa, aqui comento o que decidimos ver e fazer na cidade.
Antes de mais nada, a dica para quem tem pouco tempo é: tente focar-se nos bairros mais interessantes da cidade, que são Alfama, Baixa e Chiado (ou troque um deles por Belém, caso não abra mão de ver a torre de Belém e/ou o Mosteiro dos Jerónimos).
Bairro da Alfama
O bairro da Alfama é um dos mais antigos e tradicionais de Lisboa. Para alguns, foi nessa zona da cidade que nasceu o fado, tradicional ritmo musical português (de fato, o Museu do Fado fica em Alfama). O bairro conta com ruas íngremes, estreitas e várias escadarias, o que pode complicar um pouco a vida do turista que ande a pé. É por isso que muitos optam por acessá-lo de tuk-tuk (carrinho em estilo indiano que costuma comportar de 2 a 4 passageiros) ou por meio do bonde 28 (o famoso elétrico 28, como o chamam na cidade).
Os principais monumentos a serem visitados na Alfama é a Catedral da Sé de Lisboa (5 euros para adultos) e o Castelo de São Jorge (10 euros para adultos). Para quem não quiser ou não puder gastar, a ida al bairro ainda pode valer a pena, principalmente se for feita uma parada no Mirador de Santa Luzia, ao lado da igreja de mesmo nome, que proporciona uma das melhores vistas da cidade.
Baixa
A Baixa Lisboa é a parte mais plana da cidade, de cara ao rio Tejo. É nessa zona que fica a Praça do Comércio, cartão postal e imagem provavelmente mais divulgada da cidade, bem como o Arco da Rua Augusta e a própria Rua Augusta que, junto com as ruas paralelas, alberga os principais restaurantes da zona.
Bem próxima à Rua Augusta e à Praça do Comércio fica um museu com entrada gratuita: o Museu do Dinheiro. O prédio em si chama a atenção por sua arquitetura histórica e muito bem conservada, e, para além disso, a exposição e interatividade do museu também valem a visita. É possível entender sobre a história do uso do dinheiro no mundo e ver diversas moedas desde os primórdios dessa história até a atualidade, e de diversos territórios.
Outro ponto de visita gratuita em Lisboa é a Pink Street, que simplesmente é parte de uma rua na Baixa Lisboa pintada de rosa e geralmente decorada com guarda-chuvas coloridos (ou luzinhas, se for Natal) que chamam a atenção em fotos de qualquer feed do Instagram. A Pink Street é mais atrativa a noite, quando os bares de cocktail (e até de streap-tease) começam a funcionar.
Além de vistas panorâmicas, museus e monumentos, a Baixa Lisboa é a zona gastronômica da cidade. É verdade que na região mais turística, na R. Augusta e arredores, os bons restaurantes de comida caseira e tradicional têm perdido cada vez mais espaço para cadeias de comida rápida especializadas apenas em um produto (bolinho de bacalhau ou pastel de nata, por exemplo), além de ser cada vez mais comum ver restaurantes internacionais por essas ruas, principalmente de comida indiana ou chinesa. Mas, buscando bem, é possível encontrar comida tipicamente portuguesa, ainda que se tenha que pagar um bom preço por ela.
Uma recomendação para encontrar uma boa variedade de comida, seja portuguesa ou internacional, é o espaço Timeout Lisboa no Mercado da Ribeira, justo em frente da estação Cais do Sodré. Para a sobremesa, vale a pena passear outra vez pelas ruas da Baixa e chegar à Confeitaria Nacional, que oferece muitas opções de quitutes doces.
E para quem aprecia bebida alcóolica, em Lisboa não poderá abrir mão de tomar um aperitivo típico chamado "Ginjinha", que é um licor feito com uma espécie de cereja. Há diversas mini lojas de ginjinha espalhadas pela Baixa Lisboa que servem doses da bebida a menos de 2 euros (algumas, inclusive, a servem em copinhos de chocolate). Outro lugar indispensável em termos de bebida tipicamente portuguesa é a Garrafeira Nacional, especializada em vinhos portugueses mas com oferta de vinhos e bebidas destiladas de todo o mundo.
Um pouco da variedade de bebidas na Garrafeira Nacional
Chiado
O último bairro que visitamos e recomendamos é o Chiado, que fica alguns quarteirões para cima das zonas citadas anteriormente. Um grande chamariz do bairro é o Café A Brasileira, uma casa muito antiga e que se gaba de ter o melhor café da cidade, de origem brasileira. Os preços no local são mais salgados que em qualquer outra cafeteria (para se ter uma ideia, um café expresso custa em média uns 80 céntimos de euro em outros lugares, mas n'A Brasileira, vale mais de 2 euros).
Uma vez que tenha encarado a subidinha até o Chiado, também vale a pena entrar na livraria mais antiga do mundo ainda em funcionamento, a Bertrand Livreiros. O local é muito aconhegante, tem um peequeno café no fundo e um repertório de livros muito interessante.
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