Visita de 1 dia à Basileia, Suíça

Durante minha visita à Colmar, região da Alsácia, na França, pude aproveitar um dos dias da viagem na cidade de Basileia, na Suíça, que fica muito próxima de Colmar. Na verdade, para chegar à Colmar eu viajei até o EuroAirport Basileia-Mulhouse-Friburgo, que atende a tríplice fronteira Suíça-França-Alemanha. Com isso, já dá para perceber que é extremamente fácil conhecer estes 3 países em uma única viagem à essa região.

A Basileia talvez não seja a cidade mais famosa da Suíça, não é exatamente um lugar com aqueles cenários alpinos que costumam vir à nossa mente quando pensamos neste país, e não é necessariamente uma cidade 100% bonita, mas mesmo assim, é com certeza a cidade mais desenvolvida (e cara) que já conheci na Europa. 

Fiz uma visita de 1 dia à Basileia, no fim da minha visita à Alsácia, já que teria que ir até o EuroAirport para pegar meu voo de volta. A minha viagem a essa região foi em março, ou seja, na primavera europeia, e tive o prazer de vivenciar um raro dia de sol e boa temperatura na Basileia. Vou contar aqui o que me deu tempo de ver nessa cidade para a qual já quero voltar assim que tiver a oportunidade.


Margens do Rio Reno

Ao visitar a Basileia, é importante saber que essa cidade está dividida em duas partes limitadas pelas margens direita e esquerda do Rio Reno. Para ter algo como referência, um dos lados é onde fica a Klaraplatz, e quem está desse lado está mais próximo da fronteira da Basileia com Weil am Rhein (Alemanha). Já do outro lado a pessoa estaria na zona da Marketplatz, que fica mais próxima da fronteira com Saint Louis (França).


A margem que eu mais gostei foi a que vai rumo à Alemanha, pois achei esse lado do rio mais bonito para caminhar, com espaço para sentar à beira rio e com mais opções de restaurantes, cafeterias, etc. Porém, quando falamos de andar pela cidade e ver os bairros, a zona que fica do lado da fronteira com a França me pareceu mais agradável.

Rathaus e Marketplatz

O edifício Rathaus é provavelmente o lugar mais icônico da Basileia. Nesse local funciona a prefeitura da cidade, e ele chama muito a atenção pela cor vermelho vivo com decorações douradas. Ao menos quando fui, não tinha muito mais para fazer no edifício que não fosse admirar a arquitetura externa. Mas, pesquisando posteriormente na versão em inglês do site da cidade vi que são organizadas visitas gratuitas de 30 min ao local. As inscrições podem ser feitas aqui.



O Rathaus fica numa das melhores regiões da Basileia, a Marketplatz, que é a zona historicamente mais comercial da cidade (desde a Idade Média e segue sendo até hoje). Portanto, numa visita de 1 dia à Basileia, a ida a esse edifício pode ser combinada com uma volta por essa região que conta com muitas lojas, cafeterias e restaurantes.

Fonte Tinguely 

Bem perto do Rathaus há uma fonte muito conhecida na cidade, a fonte Tinguely, que tem estátuas feitas por Jean Tinguely, um dos artistas plásticos mais influentes da Basileia e do mundo num tipo de arte conhecida como cinética (arte em movimento). 


As esculturas de Tinguely representam artistas encenando, já que a fonte na qual foram postas pertecem a uma espécie de jardim de um teatro que também tem o nome desse artista.

Jardim Botânico

Afastando-se um pouco do centro histórico da Basileia fica um jardim botânico que pertence à Universidade da cidade. O local tem plantas ao ar livre e também dentro de estufas (o que permite que conte até com espécies tropicais). Em dias de sol, é um excelente local para passear sem pressa e relaxar.

Spalentor

Perto do jardim botânico fica o Spalentor, que é como uma torre com um portal de entrada, parecido com os que vemos em filmes de época, aqueles que serviam marcavam a entrada a um feudo. Por si só já vale a pena ir visitá-lo por sua arquitetura, mas a melhor surpresa que tive na minha visita de 1 dia à Basileia foi visitar o bairro que fica "dentro" do Spalentor, ou seja, o bairro que acessamos ao passar pelo portal. 




O bairro não fica exatamente na zona central da cidade, por isso è bem tranquilo e silencioso, além de muito limpo e organizado. Foi nesse bairro que encontrei uma loja de souvenirs (não vi muitas pela cidade). Para falar a verdade, a loja de souvenir mais cara onde já estive na vida! Os tipos de souvenir mais baratos (tipo chaveiros ou ímãs) custavam uns 7 francos (8 euros).

Basler Münster

Por fim, o segundo monumento mais bonito que vi na Basileia, despois da prefeitura, foi a catedral da cidade, chamada Basler Münster. A entrada é gratuita todos os dias de 10h a 17h, menos no domingo que abre mais tarde (11h30). A vista externa já vale muito a pena, e a interna também, ainda mais sendo gratuita.


Pagamentos e transporte na Basileia

A Suíça não pertence à União Europeia, mas sim à zona Schengen. Isso significa que o país não tem o euro como moeda oficial, mas sim o franco-suíço. Apesar disso, como a Basileia fica na fronteira com a França e a Alemanha, não é incomum ver notas e moedas de euros circulando por lá. Não cheguei a usar euro, mas li em vários outros blogs que muitos lugares aceitam pagamento em euro, porém devolvem troco em francos caso se pague em dinheiro vivo.

Eu preferi usar um cartão da N26, que é uma conta multi-moedas na qual o saldo que você tenha na sua moeda local pode ser gasto na moeda do país que você visitar pagando uma pequena taxa de conversão. Praticamente tudo na Basileia pode ser pago com cartão ou com a nfc do celular.

Outro ponto importante por comentar é o deslocamento pela cidade. A Basileia é uma cidade bastante plana, com exceção de uma ou outra ladeira ou escadarias. Por isso, o pessoal se locomove muito de bicileta, a pé ou de tranvía (trem de superfície). Como estive só 1 dia na Basileia e queria aproveitá-la ao máximo, comprei um passe de 24h do tranvia que custou 11 francos (+-12 euros). O passe é ilimitado, o que significa que você pode usar qualquer uma das linhas que ficam dentro do perímetro da cidade por quantas vezes quiser durante 24h.


Eu achei excelente essa opção, porque além de poder pegar o transporte a qualquer hora e para qualquer lado, o tranvia é limpíssimo, com temperatura controlada, com wifi disponível, além de extremamente pontual e, como são várias linhas, praticamente não há tempo de espera. A franja horária também é ampla, se não me engano das 5 da manhã até a meia-noite.

Hospedagem

Como a Suíça não é exatamente o país mais barato do mundo (de fato, é dos mais caros), uma forma de economizar, aproveitando que a Basileia faz fronteira com a Alemanha e a França, é justamente buscar hospedagem nas duas cidades fronteiriças (Saint Louis ou Weil am Rhein). Na minha opinião, o lado francês é o mais recomendado pois fica mais fácil para ir ao aeroporto (caso você use o avião na sua viagem).

No meu caso, fiquei no hotel Addagio Access, que é Accor, a mesma rede dos hotéis Ibis, mas esse Addagio é de uma categoria mais simples. Pela localização valeu muito a pena, pois era literalmente na fronteira de St Louis com a Basileia. O quarto era bem amplo e completamente equipado (tinha mini cozinha e geladeira), mas o hotel não é dos melhores onde já me hospedei, achei um pouco sujo e mal cuidado.


Está pensando em ir para a Suíça em breve? Não pude conhecer muito do país, mas já percebi que é um destino que vale muito a pena. Para não gastar mais do que já terá que gastar por lá e estourar seu orçamento, te recomendo nesse destino, mas que em qualquer outro, que conte com um seguro-viagem, assim qualquer emergência que possar ter não vai te gerar uma despesa absurda!


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