Intercâmbio no México - Parte I - Cidade do México



Cidade do México e Aguascalientes

A primeira vez que pisei em território estrangeiro foi na Cidade do México, em 2013. No aeroporto, esperavam por mim alguns integrantes da AIESEC, instituição responsável pelo meu intercâmbio no México.

Demorou até que todos os passageiros passassem pela imigração e também para pegarmos nossas bagagens, pois a fiscalização no Aeroporto Benito Juárez é bem rigorosa. 

Logo que saí do voo, havia policias federais observando os passageiros. Eu e um moço fomos parados, tivemos que abrir as malas de mão e dizer porque estávamos indo ao país. Na imigração, a atendente me pediu explicações de por que minha estadia seria longa (80 dias), já que no visto eletrônico coloquei que estava viajando a turismo. 
Depois de explicar o que iria fazer no país e mostrar a carta que a AIESEC Aguascalientes me mandou, na qual explicavam o projeto do qual participaria no país, a entrada foi autorizada.
Para viajar ao México na época (2013), pessoas do Brasil, Rússia e Ucrânia (e acho que Peru também) podiam obter um visto eletrônico, pela internet, se fossem permanecer no país por menos de 180 dias. Foi o que fiz, mas atualmente (2019) parece que nem precisa fazer esse procedimento, pois o visto é concedido no momento de chegada, como acontece com viagens à Europa.

A capital em poucas horas

Da capital, peguei um ônibus que saiu à meia-noite rumo a Aguascalientes. Enquanto não dava a hora do ônibus, fui conhecer o centro histórico da Cidade do México. Conheci el Ángel de la Independencia, um monumento construído em 1910, quando se celebrou o centenário da Guerra de Independência do país. 


Ángel de la Independencia, no coração financeiro da Cidade do México.


Ao visitá-lo, um dos integrantes da AIESEC que me acompanhava me contou um pouco a história da independência do país e da estátua. Fiquei sabendo, por exemplo, que debaixo desse monumento foi feito um mausoléu onde enterraram os restos mortais dos heróis da guerra de independência, como Miguel Hidalgo y Costilla, Jose María Morelos, Ignacio Allende e muitos outros.
Depois de andar um pouco pela Paseo de la Reforma, principal avenida da Cidade do México (o coração financeiro, estilo Av. Paulista), fui comer algo tipicamente mexicano e optei por tacos! Comi um com recheio de carne de porco, cebola picada e coentro (tacos al pastor, um dos mais tradicionais do país). 


São muito gostosos! Havia três no meu prato e quase não consegui comer tudo! O pessoal que estava comigo disse que os mexicanos costumam comer uns 12 tacos daqueles só de entrada, ou seja, ainda comem mais alguma coisa depois!

Tacos de diversos sabores.


Experimentei também um prato que se chama “gringa”, é uma tortilla, como a do taco, que vem com opções de recheios a parte. Você escolhe, coloca na massa e come. Gostei mais do que dos tacos, talvez porque o recheio era bem suculento: uma espécie de linguiça com queijo e um molho que parecia ser de tomate.

Da Cidade do México a Aguascalientes

Finalmente, fui ao Teminal Norte para pegar o ônibus (ou camión, como dizem por lá) para Aguascalientes, que saiu às 11h45 da noite e chegou na cidade às 6h da manhã. 

Fui de Omnibus de México e recomendo para quem precisar se locomover de ônibus pelo país: é confortável, tem lanchinho, wifi e várias opções de rotas.
Em Aguascalientes fazia um frio de 3 graus! Eu já tinha me preparado, porque a Natália, que me recebeu durante os meses que fiquei no México, havia me dito que poderia fazer frio; então eu estava com agasalho, cachecol, luvas, gorro e tal, mas mesmo assim…!
Após me instalar, eu dormi um pouco e por volta das 11h saí para tomar café da manhã (por lá, você pode dasayunar até mais ou menos o meio-dia sem problemas). Eu pedi ovos com presunto e no prato também veio salada e feijão! A comida do café da manhã era praticamente um almoço! 

Depois de comer caminhei um pouco pelo centro histórico, conheci os prédios mais antigos da cidade, o Jardín de San Marcos e todo o espaço onde acontece uma das maiores feiras do país (a Feria de San Marcos), sobre a qual comento nesta outra postagem.
Coreto no Jardín de San Marcos, centro de Aguascalientes.

Cidade do México (Extra)

Nos últimos dias do meu intercâmbio eu voltei à cidade do México, onde fiquei por mais um dia e uma noite antes de regressar ao Brasil. 

Não foi muito tempo, portanto não pude explorar bem a cidade, porém, creio que aproveitei bem e visitei dois pontos imperdíveis para quem gosta de ir a museus (eu sou viciada, haha).

Museo Frida Kahlo

O primeiro foi o Museu Frida Kahlo, que fica em um dos bairros mais descolados da cidade: Coyoacán. O museu foi criado na casa em que Frida morou com seu marido, o também artista plástico Diego Rivera. O local também é conhecido como "casa azul".
Além de poder ver aspectos da vida familiar dos dois (utensílios, cartas, cômodos etc.), há alguns dos principais quadros de Frida e algumas exposições temporárias (quando fui, era das roupas bem peculiares da artista).
O legal é que, ao comprar o ingresso para ir ao museu da Frida, você ganha também um ingresso para ir ao museu do marido dela.


A entrada do Museu Frida Kahlo.

A casa que artista vivia foi transformada em museu.


Exvotos, um dos quadros mais famosos da pintora. Há vários expostos na casa.

Museu de Antropologia e História Natural

As exposições desse museu contemplam todos os cantos do mundo, e há andares dedicados mais especificamente ao povos que habitavam o México e a América Latina antes da chegada dos espanhóis.
Nesse museu gigantesco é possível encontrar diversos objetos que ajudam a remontar a história da humanidade desde os povos da Idade da Pedra. 

Você facilmente dedicará umas 3 horas para recorrê-lo completamente. Ou, se for ficar mais dias na cidade, pode dividir a visita em mais de um dia.
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