Visita guiada: voltando à Idade da Pedra em Otíñar (Espanha)
Para conhecer mais da riqueza histórica e natural de Jaén, fomos a uma visita guiada a Otíñar promovida pela Nueva Acrópolis. A região fica na província de Jaén, a 14 km da capital. Importante comentar que o acesso só é possível de carro, moto ou bicicleta.
O local é considerado patrimônio de interesse andaluz pois guarda marcas da história humana, desde a Idade da Pedra até o período medieval.
Os dois elementos de maior relevância são os petróglifos encontrados no cânion que existe no local e o castelo construído com propósitos militares após a reconquista de Jaén pelos reis cristãos. Para quem gosta de fazer caminhadas e trilhas ao ar livre, visitar o local é uma boa. Dá até para ir com crianças.
O castelo é da época medieval, por volta de 1200, quando os espanhóis começaram a reconquistar seus territórios que haviam sido dominados pelos árabes do Império Al-Andalus.
Jaén foi um dos territórios conquistados por meio de acordo entre as partes, com a promessa de que os espanhóis não tentariam chegar à Granada, província vizinha e local onde resistiu o último domínio árabe (a Alhambra).
O local é considerado patrimônio de interesse andaluz pois guarda marcas da história humana, desde a Idade da Pedra até o período medieval.
Atrás de onde está o Castelo de Otíñar vemos a via de acesso à Granada, província vizinha a Jaén
Petroquê? E um pouco de geografia, astrofísica...
Petróglifos são simplesmente gravações que os seres humanos faziam nas pedras na Pré-História. As que podemos ver em Otíñar, em sua maioria, são círculos dentro de círculos, um tipo de desenho presente também em outras áreas arqueológicas ao redor da Europa.
Marcas circulares
Mais círculos
Figura humana e símbolos que talvez sejam um alfabeto
A explicação mais razoável, sem muito estudo sobre o assunto, é que esses círculos serviam para transmitir conhecimentos a respeito dos movimentos dos astros no Universo.
Ainda no que diz respeito à astronomia, há marcações que serviam para guiar os habitantes da época quanto às estações do ano, como um calendário. Entre elas ainda é visível a marca que servia para saberem que havia começado o solstício de verão ou inverno.
Marca que indicava o solstício de inverno. Quando o sol refletia sobre ela, os habitantes sabiam que começaria o tempo frio.
Castelo e um pouco de história
Na verdade o que existem são ruínas, e é possível entrar no espaço em que se encontram, basta seguir uma trilha que sai do meio do cânion e continua rumo ao topo da serra onde fica a construção.
O caminho obviamente foi modificado pela ação humana, pois ainda existe atividades como caça e pastoreio na região, mas mesmo assim é recomendado uso de sapatos e roupas para atividade física, pois há algumas subidas e obstáculos medianos pela trilha.
O castelo visto pela perspectiva de quem sobe a trilha
A entrada que dá acesso ao interior das ruínas
Visão de dentro da torre de entrada
O outro lado da entrada
A outra torre conservada do castelo
O castelo é da época medieval, por volta de 1200, quando os espanhóis começaram a reconquistar seus territórios que haviam sido dominados pelos árabes do Império Al-Andalus.
Jaén foi um dos territórios conquistados por meio de acordo entre as partes, com a promessa de que os espanhóis não tentariam chegar à Granada, província vizinha e local onde resistiu o último domínio árabe (a Alhambra).
Mesmo concordando em não mexerem um com o outro, os espanhóis construíram esse castelo como forma de proteger-se de possíveis conflitos com os árabes.
A localização do castelo permitia comunicação por meio do reflexo da luz solar, ou de fumaça, com uma torre militar, e dessa outra torre a mensagem chegava ao castelo principal da região (o Castelo de Santa Catalina, na atual capital, Jaén).
A localização do castelo permitia comunicação por meio do reflexo da luz solar, ou de fumaça, com uma torre militar, e dessa outra torre a mensagem chegava ao castelo principal da região (o Castelo de Santa Catalina, na atual capital, Jaén).
Como Otíñar era uma zona de fronteira entre o território espanhol e o ainda território árabe, é possível ver, próximo ao castelo, resquícios de uma aldeia medieval onde viviam, principalmente, comerciantes que compravam produtos árabes para vendê-los no reino cristão.
Esses amontoados de pedras são o que sobrou da antiga aldeia
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